terça-feira, 24 de novembro de 2009

espelhos de mim

Espelhos de mim

Hoje desfiz as neblinas
soprei para longe as névoas
deixei que despencassem os espelhos
tirei a máscara da face do sol

Hoje entorpeci meus neuronios
com realidades praticas
amassei poemas antigos
Queimei os sonhos mais lindos

Hoje refiz armaduras
Enganei o rumo do vento
Troquei os nomes dos silêncios
Dei partida a uma nova vida

Dos cacos que no chão deixei
apenas fragmentos de mim haviam
levanto os olhos para além das muralhas
E me vejo mais uma vez inteira no reflexo

Vejo a mulher sensível e dúbia que sou
Plena em impermanências
Com um futuro a ser traçado
No presente, afortunada dádiva

Concluo pendências do coração
Apenas permitindo-me sentir
A suave brisa da eternidade
Que permeia-me os sentidos